Na noite de 27.08 a nutricionista Karine Albiero esteve novamente na E.E.B. Frei Evaristo, desta vez no período noturno, realizando uma palestra para os alunos do ensino médio.
O tema da Palestra foi Alimentos Fitoterápicos. Falou-se muito sobre o modo de preparo, como aproveitar melhor os nutrientes desses alimentos e a melhor forma de alimentar-se.
Hoje muito se estuda e discute a respeito dos Fitoterápicos. Segundo a resolução do CFN 402/2007 fica regulamentado a prescrição destes pelo nutricionista, desde que seja na forma in natura fresca
ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, como
por exemplo em pó, cápsulas, gotas, chás e demais formas encontradas no
mercado.
A fitoterapia possui uma grande interface com a Nutrição, uma vez
que as plantas são comumente ingeridas nas mais diversas formas e
apresentam finalidades terapêuticas e bioativas. Na prática clínica da
nutrição, os fitoterápicos têm colaborado para melhora de quadros
clínicos diversos.
Mas o que é fitoterapia?
A palavra Fitoterapia deriva do termo “phyton” que significa vegetal e “therapeia” que significa terapia.
Desta maneira se caracteriza pela terapêutica que usa as plantas
medicinais nas diferentes formas farmacêuticas. Segundo a resolução
acima citada, fitoterápico é o produto obtido empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, que tenham conhecimento
da eficácia e possíveis riscos do seu uso.
E o que são as plantas medicinais?
É todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos (folhas,
caule, flores, raízes ou frutos), substâncias que podem ser utilizadas
com fins terapêuticos.
Alho: utiliza-se o bulbo, sua indicação é no tratamento de hipercolesterolemia e expctorante;
Picão: muito utilizado pelas nossas avós no
tratamento da icterícia. Realmente possui essa propriedade,
utilizando-se as folhas na forma de chá. Não consumir na gravidez;
Capim santo: utiliza-se suas folhas em quadros leves de insônia e calmante suave;
Anis estrelado: seu fruto é utilizado como expectorante na forma de chá, porém não deve ser consumido por gestantes;
Camomila: suas flores são indicadas para o
tratamento de quadros leves de ansiedade e calmante suave, além de
atuar nas cólicas intestinais;
Espinheira santa: utiliza-se como infusão as suas
folhas nos distúrbios da digestão como azia e gastrite, entretanto não
deve ser consumido por gestante;
Melissa ou erva cidreira e maracujá: reconhecidos por sua propriedade calmante, entretanto não é indicado para pessoas com hipotiroidismo;
Guaraná: muito utilizado pela sua propriedade
estimulante, sua semente quando triturada torna-se pó, porém não deve
ser indicado para pessoas com ansiedade, hipertensão e problemas
cardíacos;
Erva doce: seus frutos são indicados para distúrbios gastrointestinais, cólicas e como expectorante;
Romã: na casca é que contém a substância com propriedades de combater inflamações e infecções da mucosa da boca e faringe;
Esses fitoterápicos são utilizados com muita
frequência na medicina popular, nossas avós, mães e tias com seus
conhecimentos e experiência de vida fazem o uso de tais plantas.
Entretanto, para fazer o tratamento com fitoterápicos é importante que
tenha o acompanhamento de um profissional de saúde uma vez que possuem
propriedades farmacológicas e em alguns casos efeitos adversos à saúde.